quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Economizar as vezes pode custar caro



Coisas arriscadas de se fazer sem ajuda/apoio de um profissional, caso tenha pouca noção do que esteja fazendo. Resultados desastrosos à vista, que podem comprometer em definitivo o que se propõe a fazer

- Mudar a cor dos cabelos ou fazer um corte de cabelo em si mesmo
- Saltar de pára-quedas ou bungee jumping (ou algum esporte radical)
- Criar um website amador e sair divulgando sua marca
- Cortar árvores enroscadas ou próximas de fios elétricos
- Furar (profundamente) paredes de concreto sem noção de onde estão as fiações e encanamentos
- Filmagem de eventos importantes para economizar
- Fazer auto-divulgação.

Algumas pessoas tentam fazer sozinhas o que outras levaram anos praticando ou cursando/estudando para chegarem lá e se quer buscam informações sobre como proceder, ignoram manuais, instruções, video aulas, tutoriais, enfim. A experiência ainda continua sendo a principal ferramenta, depois de uma boa dedicação à parte teórica. E com essa ideia de se fazer economias, acabam fazendo verdadeiros estragos.

Não desmereça um profissional achando que você é o "super homem" super entendido das galáxias e que faz tudo sozinho. O resultado nem sempre tem conserto fácil ou simplesmente pode ser fatal.
Quem nunca viu o desfecho do "Ursulão" da Família Urso/Turma do Pica-Pau (desenho da década de 80/90) que passava na TV? Triste né? Mas real.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A importância da Web na sua divulgação



 
A mídia impressa dos tempos atuais se tornou algo cult. Aparecer num site renomado, que seja um blog, por mais acessos que ele tenha, para muitas pessoas não tem importância - e se enganam - pois grande parte ( se não a maior ) dos leitores tem acesso à internet e buscam sempre a forma mais rápida e prática para se informar.
As notícias veiculadas na internet por via dos sites, zines, blogs e principalmente nas redes sociais se espalham em proporções inimagináveis, chegando rapidamente a todos os cantos do planeta.
 
Eu tenho total respeito pela maior parte das revistas e folhas impressas, que mesmo diante dessa facilidade que o webpress proporciona ao público leitor, ainda mantém suas atividades e procura cada vez mais oferecer um material de qualidade, além do que pode ser oferecido online. Mas, banalizar as "newspress" que saem online nos sites, é burrice.

Hoje eu estou abordando este assunto pois é algo que eu tenho visto muito por aí.
Por incrível que pareça (para alguns, não para todos), sim, ainda há quem pague caro por um destaque na folha impressa, uma capa, uma entrevista. O mundo do "headbanger" não é assim tão diferente dos outros nichos pop's, muitas vezes criticado por nós, os bangers, por hipocrisia mesmo, pois a maioria esmagadora tem atitudes muito parecidas.
  O lance é aparecer; vamos admitir. Certos disso; então, que procuremos os bons meios (eficazes) de comunicação. Vale a mídia impressa, valem as rádios e vale também a internet. Anunciar o banner do novo álbum da tua banda num zine com muitos acessos pode fazer tanto efeito como sair na capa de uma revista.
Muitas vezes, a capa é fotografada e divulgada como notícia na web. E aí novamente o importante papel das redes sociais entra em ação para se divulgar.
 
Particularmente eu trabalho somente com webpress. Deixo claro às bandas do meu cast. Tenho poucos vínculos com jornais e revistas impressas pois fiz a escolha de "me virar" com a web. A maior parte das bandas das quais eu presto assessoria e divulgo, quando conseguem uma matéria fora da web é por mérito (quando há o interesse do jornalista) ou contato próprio.
Os responsáveis pelos sites, zines, e blogs tem consciência da quantidade de acessos por dia em suas mídias.
 
Quem não valoriza ou reconhece a importância da internet na difusão das notícias da sua banda, na "venda do seu peixe" deveria dar uma busca no Google à respeito deste assunto e se informar.
Feliz ou infelizmente, o planeta globalizado caminha para a praticidade e interatividade cada vez mais eficaz do mundo, com o próprio mundo. A webpress veio pra ficar e não tem volta!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A tal da inveja...




"Aqueles que não fazem nada estão sempre dispostos a criticar os que fazem algo."
(Oscar Wilde)

E pra quem acha que eu sumi, voltei! Estava pensando num assunto que tem me chamado atenção nos meus últimos dois anos de trabalho com bandas do underground. A competitividade, que gera a inveja, que "ferra" tudo.
Quem não se viu numa situação de excluído, por que estava trabalhando direito e conseguindo o que queria?


Hey, você! Na sua cidade a sua banda underground tem sido alvo das más línguas, tem gente virando a cara pra você, fizeram panelas e te deixaram de fora, ta complicado arranjar um espaço pra tocar ( mesmo que lotem os shows) enquanto tudo o que você faz é trabalhar duro e acreditar no teu som? Parabéns! Talvez este seja o primeiro sinal de que as coisas estejam dando certo. Poucos ficam satisfeitos com o sucesso alheio. E você incomoda só pelo fato de estar correndo atrás do que quer.

Que fique claro que esse papo não vale pra quem consegue com peixadas e padrinhos. "Nada contra" (nem à favor), mas...sobre esse assunto, falaremos uma outra hora, noutro horário, neste mesmo canal.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Doom Metal Nacional: União faz a força

A Revolução do Doom Metal no Brasil -  Artigo Publicado originalmente na Revista Rock Meeting

 por Ellen Maris e Sandro Pessoa (Sunset Metal Press)


Já não se pode dizer nos dias de hoje o mesmo que se dizia a cerca de dois ou três anos atrás, a respeito do Doom Metal no Brasil. Numa cena que reunia pouco mais de uma centena de adeptos em grupos de redes sociais como as (quase mortas) comunidades do Orkut, por exemplo, onde quase todo o foco de atenção era voltado para tratar das principais bandas estrangeiras do gênero, boatos sobre possíveis apresentações em nossas terras ou discussão de lançamentos da velha tríade do Doom e mudanças drásticas que estas sofreram ao longo dos anos, fosse na formação ou mesmo no próprio estilo.


Pouco se falava de uma banda nacional, até por que, a atenção que o assunto sobre uma mainstream do Doom Metal exercia numa discussão dentro daqueles fóruns ofuscava de vez qualquer novidade ou tentativa de se fazer presente por ali. Não somente nos grupos. Nas rodinhas, nos bares, nas portas dos shows onde os poucos "Doomsters" se encontravam e iniciavam suas discussões. 
As informações sobre as bandas nacionais eram mínimas, até mesmo por conta da própria descrença das mesmas sobre a situação do Doom no Brasil e as migalhas que lhes sobravam para se apresentarem num evento ou outro, em meio ao turbilhão de festivais nacionais voltados ao Death, Thrash daqueles tempos. Tempos estes, que parecem distantes dos de hoje, mas para quem lembra e vivenciou a situação, sabe que a mudança aconteceu a pouco e o efeito causado realmente modificou a realidade do Doom no Brasil.

Num dia qualquer, nesses chats de discussão do Facebook, alguém começa a reclamar daquela mesma situação que todas as bandas e o público do gênero no país reclamava: Brasil fora da rota de shows dos grandes nomes do Doom mundial, enquanto vizinhos como Chile e Uruguai deitam e rolam com as apresentações de bandas que para nós parecia impossível esperar por aqui.


Das poucas que se fizeram presentes até aquele momento, o público ainda era pequeno, as organizações precárias, enfim: o interesse dos produtores em relação ao estilo era pouco significativo. Menor ainda era a coragem de uma banda de Doom nacional arriscar carreira por aqui. Era muito mais fácil conseguir qualquer reconhecimento fora do país. Daí, muito material do “Doom Tupiniquim” se quer era lançado no Brasil.
A descrença absoluta ainda assim gerava tais discussões. E foi a partir destas que integrantes e apreciadores do estilo se uniram e surge então a ideia de formar a União Doom Metal Brasil. 

A ideia inicial era atrair para o país grandes nomes do Doom mundial e entrar para a rota de shows destas. Para isso, precisariam fortalecer a cena local, aumentando a quantidade de público e de eventos do tipo. E foi a partir daí que bandas de todos os cantos do Brasil se juntaram, por um mesmo propósito. Desde então, fomos surpreendidos com trabalhos nacionais que não fazíamos ideia que existia ou que mal se ouvia falar noutros tempos. Álbuns de qualidade incontestável; e de uma vez por todas provou que o Brasil possuía um nicho de bandas de Doom com características próprias, musicalmente falando.


O resultado dessa União surgiu em forma de coletânea: Lançada no ano passado, a "Doomed Serenades" reuniu 10 nomes da cena nacional e surpreendeu os selos patrocinadores com o sucesso das vendas. A distribuição foi feita também fora do Brasil, o que provocou o reconhecimento tanto do público quanto de bandas estrangeiras, que até então pouco sabiam de como o nosso cenário era rico. 

Deu-se desta maneira o que podemos chamar de a primeira ascensão do Doom Metal brasileiro, o que dividiu os meios de comunicação igualmente com os demais estilos. Pessoas que não se identificavam com o gênero pelo simples fato de não conhecerem passaram a admitir a qualidade do mesmo após a audição da coletânea. Levando-se em conta de que o Doom Metal é extremamente amplo, indo do Heavy tradicional ao Death e Black Metal, foi fácil atingir uma parcela enorme de fãs do metal em geral: Era o que faltava: divulgação e desmitificação do estilo. 

 Passado quase um ano após a iniciativa da União Doom Metal Brasil, já é possível citar grandes diferenças (grande em relação ao que o público seguidor do estilo era acostumado) como o aumento de eventos voltados exclusivamente ao gênero e maior inclusão de bandas em diversos eventos no país. Hoje, tanto os antigos como os mais novos fãs estão mais presentes e interessados em trabalhos nacionais, assim como rádios e sites específicos já terem espaços reservados à notícias das mesmas, como também o surgimento de novas bandas no cenário Doom nacional. E por maior lucro que possamos ter tido com toda essa ampla divulgação a grande surpresa foi de fato a inesperada identidade do Doom Metal nacional.

É certo que de um modo geral a raiz do estilo sempre será as terras frias da Europa e todas as atuais e futuras bandas carregarão traços que marcam o estilo. Porém, com a alta repercussão de nossas bandas podemos encontrar um novo formato de música executadas com maestria por algumas destas, onde somente uma pequena parcela do público vinha a desfrutar de tais criações. Bandas como Mythological Cold Towers, HellLight e Imago Mortis são claros exemplos onde a sonoridade de suas ótimas canções são extremamente características, bem diferentes daquilo que fomos acostumados durante anos e anos por bandas estrangeiras.


Conclui-se o que muitos sequer imaginavam: o Brasil também é um forte produtor de bandas de Doom Metal com suas respectivas identidades, claramente distintas das bandas do restante do planeta. Algo tão difícil na atualidade onde quase tudo na música já foi experimentado.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Namorando com a minha banda




Quem faz parte de uma banda underground ou acompanha a do amigo já deve ter ouvido ou até feito a seguinte comparação: a relação dentro de uma banda é como um namoro. Primeiro, a formação - muita empolgação, planos, sintonia. Depois o fim: brigas, um músico falando mal do outro e rola até traição. Isso mesmo!
Quem nunca viu um músico ser simplesmente "trocado" por outro e só ficar sabendo após vários ensaios e decisão unânime da banda pela substituição? E depois, fica aquele clima chato...a dor de cotovelo, o músico rejeitado sofre e muitas vezes opta por provar aos "rejeitores" que pode virar o jogo e até mesmo formar sua própria banda, com músicos que lhe valorizem. 

Nas grandes bandas, não é tão diferente:

Dave Mustaine que o diga! Após ser expulso do Metallica e substituído por Kirk Hammett, criou o Megadeth que dispensa quaisquer apresentações. O exemplo do Mustaine é só um entre os mais conhecidos no meio Metal. O Megadeth tanto atraiu e ainda atrai fãs do Metallica quanto também dividiu opiniões.

Voltando ao underground, quando se fala de relacionamento entre os membros de uma banda, tudo fica ainda mais complicado quando dentro da mesma existem vários integrantes. A relação envolve dinheiro e a falta dele, envolve cobranças e visões diferentes, metas diferentes e principalmente, a relação se torna ainda mais complexa quando se fala em dedicação.


Grande parte dos músicos de hoje tem seus respectivos empregos, quando não, são pais de família. É difícil administrar tempo, dedicação às músicas e composições, ensaios, viagens e ainda assim, saber que o retorno quase sempre é insuficiente. Enfim, o "banger" underground é guerreiro, sonha alto, mas sabe da própria realidade e ainda assim, tem paixão.


Anos e anos de banda e então, o relacionamento chega ao fim quando se percebe que já não existe mais a mesma força pulsante, a mesma empolgação de antes. E o que resta são lembranças de um convívio entre altos e baixos, bons e maus momentos.


Há quem abandone o barco cedo. Há os que depois de muita labuta resolvem parar, mas ainda assim deixam um legado bacana com um bom álbum lançado e shows que ficam na lembrança do público. Há também os que até hoje, continuam a persistir, mesmo tendo total noção de como as coisas funcionam, ainda assim, sabem o que querem e fazem por que gostam. A estes, a minha admiração e respeito. O que mantém a cena underground viva são vocês.




domingo, 21 de julho de 2013

Carta ao Leitor


Talvez agora seja o momento de me apresentar a todos. Para quem ainda não me conhece e nem conhece o meu trabalho, eu sou Ellen Maris, tenho 31 anos, sou assessora de imprensa de bandas de rock e metal nacionais e internacionais pela Sunset Metal Press, também "arranho" como vocalista da banda goiana de Doom/Death Apocalyptichaos.

No início de 2012, fundei o movimento União Doom Metal Brasil que tem como meta principais APOIAR a cena Doom nacional, unindo bandas e adeptos ao estilo em prol do fortalecimento por apoio mútuo entre público e banda.

Deste movimento surgiu a primeira coletânea brasileira de Doom Metal, "Doomed Serenades" que vendeu 70% de suas cópias já nas primeiras semanas. 
Também atuei e ainda atuo em festivais nacionais de grande porte e ainda participo da produção de alguns eventos na região Centro-Oeste.

Colunista na revista Rock Meeting e também colaboradora do site Whiplash.

Comecei a frequentar a cena underground ainda na década de 90 e posso dizer com total convicção que participei de maneira atuante na transformação desta organizando eventos, apoiando bandas, panfletando, arrecadando patrocínios para pequenos e grandes festivais, divulgando, trocando cartas e materiais, além de escrever para fanzines de todo o país, quando a internet ainda não era acessível à maioria.



Agora que já sabem de mim, gostaria de falar sobre a minha pretensão para com este blog:

A ideia é fazer críticas, dar opiniões, dicas e escrever artigos de interesse geral à quem faz parte da cena underground nacional. O layout do blog ainda não está pronto mas em breve a aparência por aqui deve ser melhorada.

Estou aberta a críticas, ideias e sugestões sobre assuntos referentes ao rock e metal que serão tratados nesse blog.

Não tenho o menor intuito de promover quaisquer bandas das quais eu trabalho, tampouco as que não trabalho dentro deste blog. A ideia principal vem acompanhada, além da minha opinião pessoal, claro, também da imparcialidade.

Se após esta leitura um tanto longa você ainda se interessou e pretende visitar o blog, eu agradeço muito. Aproveita e divulga aí!
Se não gostou, existem vários outros blogs com conteúdo bacana que você poderá gostar e apoiar. 

Obrigada!

Sinceramente, 
Ellen Maris

Coisas que toda banda deveria saber



Divulgar com insistência em demasia afasta, ao invés de atrair.


Você pode até não gostar de ninguém, mas como artista acaba sendo formador de opiniões. Cuidado com a opinião que você passa. Pode ser usada contra você.


Produtores sabem quando você se aproxima pra conseguir sua vaga naquele evento. Faça contato antes disso.


* Toda banda (toda mesmo) quer tocar. Fim de papo! A banda do seu amigo também quer. E ele vai fazer qualquer coisa por isso. Brigue pelo seu espaço, mas seja honesto.


Você pode até não ser bom, mas se tiver carisma já garantiu seu espaço.


Você pode até ser muito bom, mas se não tiver carisma, você já era.



Ellen Maris
Assessora de Imprensa em Sunset Metal Press e Management
www.sunsetmetalpress.com