segunda-feira, 22 de julho de 2013

Namorando com a minha banda




Quem faz parte de uma banda underground ou acompanha a do amigo já deve ter ouvido ou até feito a seguinte comparação: a relação dentro de uma banda é como um namoro. Primeiro, a formação - muita empolgação, planos, sintonia. Depois o fim: brigas, um músico falando mal do outro e rola até traição. Isso mesmo!
Quem nunca viu um músico ser simplesmente "trocado" por outro e só ficar sabendo após vários ensaios e decisão unânime da banda pela substituição? E depois, fica aquele clima chato...a dor de cotovelo, o músico rejeitado sofre e muitas vezes opta por provar aos "rejeitores" que pode virar o jogo e até mesmo formar sua própria banda, com músicos que lhe valorizem. 

Nas grandes bandas, não é tão diferente:

Dave Mustaine que o diga! Após ser expulso do Metallica e substituído por Kirk Hammett, criou o Megadeth que dispensa quaisquer apresentações. O exemplo do Mustaine é só um entre os mais conhecidos no meio Metal. O Megadeth tanto atraiu e ainda atrai fãs do Metallica quanto também dividiu opiniões.

Voltando ao underground, quando se fala de relacionamento entre os membros de uma banda, tudo fica ainda mais complicado quando dentro da mesma existem vários integrantes. A relação envolve dinheiro e a falta dele, envolve cobranças e visões diferentes, metas diferentes e principalmente, a relação se torna ainda mais complexa quando se fala em dedicação.


Grande parte dos músicos de hoje tem seus respectivos empregos, quando não, são pais de família. É difícil administrar tempo, dedicação às músicas e composições, ensaios, viagens e ainda assim, saber que o retorno quase sempre é insuficiente. Enfim, o "banger" underground é guerreiro, sonha alto, mas sabe da própria realidade e ainda assim, tem paixão.


Anos e anos de banda e então, o relacionamento chega ao fim quando se percebe que já não existe mais a mesma força pulsante, a mesma empolgação de antes. E o que resta são lembranças de um convívio entre altos e baixos, bons e maus momentos.


Há quem abandone o barco cedo. Há os que depois de muita labuta resolvem parar, mas ainda assim deixam um legado bacana com um bom álbum lançado e shows que ficam na lembrança do público. Há também os que até hoje, continuam a persistir, mesmo tendo total noção de como as coisas funcionam, ainda assim, sabem o que querem e fazem por que gostam. A estes, a minha admiração e respeito. O que mantém a cena underground viva são vocês.




domingo, 21 de julho de 2013

Carta ao Leitor


Talvez agora seja o momento de me apresentar a todos. Para quem ainda não me conhece e nem conhece o meu trabalho, eu sou Ellen Maris, tenho 31 anos, sou assessora de imprensa de bandas de rock e metal nacionais e internacionais pela Sunset Metal Press, também "arranho" como vocalista da banda goiana de Doom/Death Apocalyptichaos.

No início de 2012, fundei o movimento União Doom Metal Brasil que tem como meta principais APOIAR a cena Doom nacional, unindo bandas e adeptos ao estilo em prol do fortalecimento por apoio mútuo entre público e banda.

Deste movimento surgiu a primeira coletânea brasileira de Doom Metal, "Doomed Serenades" que vendeu 70% de suas cópias já nas primeiras semanas. 
Também atuei e ainda atuo em festivais nacionais de grande porte e ainda participo da produção de alguns eventos na região Centro-Oeste.

Colunista na revista Rock Meeting e também colaboradora do site Whiplash.

Comecei a frequentar a cena underground ainda na década de 90 e posso dizer com total convicção que participei de maneira atuante na transformação desta organizando eventos, apoiando bandas, panfletando, arrecadando patrocínios para pequenos e grandes festivais, divulgando, trocando cartas e materiais, além de escrever para fanzines de todo o país, quando a internet ainda não era acessível à maioria.



Agora que já sabem de mim, gostaria de falar sobre a minha pretensão para com este blog:

A ideia é fazer críticas, dar opiniões, dicas e escrever artigos de interesse geral à quem faz parte da cena underground nacional. O layout do blog ainda não está pronto mas em breve a aparência por aqui deve ser melhorada.

Estou aberta a críticas, ideias e sugestões sobre assuntos referentes ao rock e metal que serão tratados nesse blog.

Não tenho o menor intuito de promover quaisquer bandas das quais eu trabalho, tampouco as que não trabalho dentro deste blog. A ideia principal vem acompanhada, além da minha opinião pessoal, claro, também da imparcialidade.

Se após esta leitura um tanto longa você ainda se interessou e pretende visitar o blog, eu agradeço muito. Aproveita e divulga aí!
Se não gostou, existem vários outros blogs com conteúdo bacana que você poderá gostar e apoiar. 

Obrigada!

Sinceramente, 
Ellen Maris

Coisas que toda banda deveria saber



Divulgar com insistência em demasia afasta, ao invés de atrair.


Você pode até não gostar de ninguém, mas como artista acaba sendo formador de opiniões. Cuidado com a opinião que você passa. Pode ser usada contra você.


Produtores sabem quando você se aproxima pra conseguir sua vaga naquele evento. Faça contato antes disso.


* Toda banda (toda mesmo) quer tocar. Fim de papo! A banda do seu amigo também quer. E ele vai fazer qualquer coisa por isso. Brigue pelo seu espaço, mas seja honesto.


Você pode até não ser bom, mas se tiver carisma já garantiu seu espaço.


Você pode até ser muito bom, mas se não tiver carisma, você já era.



Ellen Maris
Assessora de Imprensa em Sunset Metal Press e Management
www.sunsetmetalpress.com